terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Dinamarca





IDENTIDADE NACIONAL


Ano de adesão à União Europeia: 1973

Sistema político: Monarquia Constitucional

Capital: Copenhaga

Superfície: 43 094 km²

População: 5.4 milhões de habitantes


Densidade populacional: 128 hab/km2


Clima: clima temperado maritimo

Moeda: coroa dinamarquesa

Língua oficial da UE falada no país: Dinamarquês



História



A origem da Dinamarca está perdida na pré-história. A sua fortaleza mais velha é datada do século VII, da mesma altura da criação do novo alfabeto rúnico. A Dinamarca foi unida por Harare Bluetooth (Harald Blåtand) por volta do ano 980. Após o século XI, os dinamarqueses ficaram conhecidos como Vikings, colonizando, invadindo e negociando em toda a Europa. Em vários momentos da história, a Dinamarca controlou a Inglaterra, Noruega, Suécia, Islândia, parte das Ilhas Virgens, partes da costa Báltica e o que é agora o norte da Alemanha. Scania foi parte da Dinamarca na maioria de sua história, mas foi perdida para a Suécia em 1658. A união com a Noruega foi dissolvida em 1814, quando esta entrou numa nova união com a Suécia (até 1905). O movimento liberal e nacional dinamarquês teve o seu momento culminante em 1830, e após as revoluções europeias de 1848, a Dinamarca tornou-se uma monarquia constitucional em 1849. Depois da segunda guerra de Schleswig em 1864, a Dinamarca foi forçada a ceder Schleswig-Holstein à Prússia numa derrota que deixou marcas profundas na identidade nacional dinamarquesa. Após esta derrota, a Dinamarca adoptou uma política de neutralidade, permanecendo fora da Primeira Guerra Mundial. Em 9 de Abril de 1940, a Dinamarca foi invadida pela Alemanha Nazi (operação Weserübung) e permaneceu ocupada durante toda a Segunda Guerra Mundial.

(feita por Guilherme)


Política

Em 1849, a Dinamarca passou a ser uma monarquia constitucional com a adaptação de uma nova constituição. O monarca é formalmente o chefe de estado, mas esse papel é em grande medida cerimonial. O poder executivo é exercido pelos ministros, sendo o primeiro-ministro um primeiro entre iguais (primos inter pares). O poder legislativo está investido no parlamento, conhecido como Folketing, que consiste de (não mais de) 179 membros. Os tribunais da Dinamarca são funcional e administrativamente independentes dos poderes executivo e legislativo.

A actual monarca da Dinamarca é a Rainha Margarida II. O seu filho, o Príncipe Frederico, é o herdeiro do trono.
As eleições para o parlamento têm geralmente lugar a cada quatro anos, mas o primeiro-ministro pode convocar eleições antecipadas.

(feita por Tomás)


Geografia



A Dinamarca é constituída pela Península da Jutlândia (Jylland) e 443 ilhas, das quais 76 são habitadas, sendo as mais importantes a Fiónia e a Zelândia (Sjælland). A ilha de Bornholm localiza-se um pouco para leste do resto do país, no mar Báltico. Muitas das ilhas estão ligadas por pontes. A ponte do Øresund liga a Zelândia à Suécia e a ponte do Grande Belt liga Fyn à Zelândia.

O país é, em geral, plano e com poucas elevações (os pontos mais elevados são o Møllehøj, o Ejer Brunei e o Yding Skovhøj, todos com altitude apenas uns centímetros acima dos 170 m. O clima é temperado, com Invernos suaves e verões frescos. As cidades principais são a capital, Copenhaga (na Zelândia), Aarhus (na Jutlândia) e Odense (em Fyn).

(feita por Guilherme)



Ponte de Øresund (Oresund Fixed Link)



O Oresund Fixed Link é assim chamado por ser não somente uma ponte mas uma via de comunicação entre a Dinamarca e a Suécia para carros e comboios. É constituída por um túnel submerso com 4km, a ilha artificial de Peberholm, construída com sobras das dragagens da obra, com cerca de 4km de comprimento e a Ponte estaiada, como a Ponte Vasco da Gama em Lisboa, com cerca de 8km. Este conjunto, que é uma fantástica obra de engenharia, levou 9 anos a ser pensado e construído, custou 1,5 biliões US$ e é de grande importância para ambos os países.
(feita por Guilherme)

Esquema do Oresund Link


Economia



A economia da Dinamarca é dependente dos intercâmbios comerciais com outros países e da capacidade de influência nas conjunturas internacionais e nos factores económicos. O valor das exportações e importações compõem cerca de um terço do valor do PIB. Grande parte dos intercâmbios comerciais é feita com países da UE (União Europeia). O sócio de comércio bilateral mais importante é a Alemanha, tendo uma boa interacção económica com a Suécia e a Grã-Bretanha. Fora da UE, a Dinamarca mantem relações comerciais com a Noruega, os Estados Unidos e o Japão.

Desde a Segunda Guerra Mundial, as exportações dinamarquesas têm-se expandido. A venda de produtos industriais tem ultrapassado a exportação agrária, ocupando um lugar cada vez mais importante dentro da lista de exportações da Dinamarca. No final dos anos 90, a exportação industrial constituiu aproximadamente 80% do valor total das vendas ao exterior, enquanto as vendas de produtos agrários representaram 11%. As áreas de ferramentas e maquinaria formam 26% do tamanho das exportações industriais, os produtos químicos representam 12% e os produtos da indústria agro alimentícia, incluindo carne de conserva, atingem os 4%. O forte crescimento económico da Dinamarca entre os anos 60 e 80 não se reflectiu num bom desempenho nos anos 90, o que influenciou numa ligeira queda na exportação na área dos serviços.
Na pauta de importações, os principais produtos comprados são matérias-primas e produtos semi-fabricados, incluindo a energia. A compra de maquinaria e equipamentos de produção para indústria e comércio representa 67% do valor total de importações. Nos anos 80, a importação de energia caiu significativamente, devido ao aumento da produção interna de petróleo. Os outros 33% de importações são de produtos de consumo, especialmente automóveis.

(feita por Tomas)


Demografia


Etnias


A maioria da população da Dinamarca é de ascendência escandinava, com pequenos grupos de inuits (provenientes da Gronelândia), farenses e imigrantes. De acordo com as estatísticas oficiais, em 2003 os emigrantes compunham 6,2% do total da população.

Língua


O dinamarquês é falado em todo o país, embora um pequeno grupo perto da fronteira com a Alemanha fale alemão.

(feita por Guilherme)

Religião


De acordo com estatísticas oficiais de Janeiro de 2002, 84,3% dos dinamarqueses são membros da igreja estatal, a Igreja do Povo da Dinamarca (Den Danske Folkekirke), também conhecida como Igreja da Dinamarca, uma forma de luteranismo. O restante professa predominantemente outras confissões cristãs, e há ainda cerca de 3% de muçulmanos.

(feita por Tomás)



Cultura


Literatura



Hans Christian Andersen, o escritor dinamarquês mais conhecido, nasceu em Odense a 2 de Abril de 1805 e faleceu em Copenhaga a 4 de Agosto de 1875. Foi o Poeta e Escritor dinamarquês de histórias infantis.

Embora tenha nascido no seio de uma família muito pobre, o seu pai, sapateiro de profissão, fomentou-lhe a imaginação e a criatividade, deixando-o aprender a ler, contando-lhe histórias e chegou a fabricar-lhe um teatrinho de marionetas. Hans apresentava no seu teatro peças clássicas, tendo chegado a memorizar muitas peças de Shakespeare que encenava com seus brinquedos.

A sua família era muito humilde e pobre, e embora O pai era sapateiro, o que levou Andersen a ter dificuldades para se educar, mas os seus ensaios poéticos e o conto "Criança Moribunda" garantiram-lhe um lugar no Instituto de Copenhaga. Escreveu peças de teatro, canções patrióticas, contos, histórias, e, principalmente, contos de fadas, pelos quais é mundialmente conhecido.

Aos 14 anos, em 1819, foi viver para Copenhaga com o objectivo de se tornar cantor lírico mas a sua excentricidade que o isolava dos seus colegas, chamou a atenção de várias pessoas inclusive do Rei Frederico IV, que lhe patrocinaram os estudos até à sua entrada na Universidade de Copenhaga em 1828.

Em 1829, quando os seus amigos já consideravam que nada de bom resultaria da sua excentricidade, obteve considerável sucesso com “Um passeio desde o canal de Holmen até à ponta leste da ilha de Amager”, e acabou por alcançar reconhecimento internacional em 1835, quando lançou o romance “O Improvisador”, na sequência de viagens que o tinham levado a Roma, depois de passar por vários países da Europa.

Andersen nasceu e viveu numa época em que a Dinamarca regressava ao nacionalismo ancorado em valores ancestrais. De certa forma, graças à sua infância pobre, Andersen teve a sorte de conhecer os contrastes da sua sociedade, o que influenciou bastante as histórias infantis e adultas que viria a escrever quando mais velho.

Entre os contos de Andersen, destacam-se: O Abeto, O Patinho Feio, A Caixinha de Surpresas, Os Sapatinhos Vermelhos, O Pequeno Cláudio e o Grande Cláudio, O Soldadinho de Chumbo, A Pequena Sereia, A Roupa Nova do Rei e A Princesa e a Ervilha.

(feita por Guilherme)


A Pequena Sereia




A estátua da Pequena Sereia foi inspirada no conto publicado por Hans Christian Andersen em 1837. É um símbolo de Copenhaga e um dos monumentos mais fotografados do mundo, apesar das suas dimensões reduzidas (1,65 m).

A escultura foi criada por Edvard Eriksen, um escultor naturalista, a pedido de Carl Jacobson, o fundador da fábrica de cerveja Carlsberg, que em 1913 a doou à cidade.

(feita por Guilherme)



Ciência


Átomo de Bohr


Niels Henrick David Bohr (Copenhaga, 7 de Outubro de 1885 — Copenhaga, 18 de Novembro de 1962) foi um físico dinamarquês cujos trabalhos contribuíram decisivamente para a compreensão da estrutura atómica e da física quântica.


Niels Bohr em 1922 recebeu o Prémio Nobel da Física pelas investigações sobre a estrutura de átomos e suas radiações, e em 1975 Aage Niels Bohr, seu filho, recebeu também o mesmo prémio pela descoberta da relação entre movimento colectivo e movimento individual de partículas no núcleo atómico e pelo desenvolvimento da teoria da estrutura do núcleo atómico.


(feita por Guilherme)



Culinária



A culinária da Dinamarca, tal como a de outros países escandinavos (Suécia e Noruega) e do norte da Europa em geral, como na Alemanha, é composta de pratos pesados, ricos em gorduras e hidratos de carbono, devido ao clima frio caracterizado por Invernos rigorosos e longos e à tradição agrícola
Antes de o país se industrializar (cerca de 1860), a agricultura de subsistência, gerida pelas famílias, individualmente, era a principal actividade económica da Dinamarca. Os produtos importados eram raros, o que originou hábitos gastronómicos determinados pelos produtos locais: cereais, lacticínios, carne de porco, peixe, maçãs, ameixas, cenouras, batatas, cebolas, cerveja e pão.
O prato nacional é o smørrebrød (traduzido à letra, pão com manteiga). Smørrebrød são sanduíches abertas que se comem sobretudo ao almoço e são compostas normalmente de peixe ou carnes frias e diversos tipos saladas sobre um pão escuro tipicamente dinamarquês, denominado rugbrød.
A refeição quente de carácter nacional poderá ser carne de porco no forno com batatas aloiradas, couve vermelha cozida e molho castanho. São ainda bastante populares as almôndegas ao estilo dinamarquês, conhecidas por frikadeller.
Os molhos são muito usados e podem ser encontrados, por exemplo, nos cardápios dos postos de venda de salsichas tipicamente dinamarqueses conhecidos como pølsevogn.
No Natal
Na época do Natal, a Dinamarca também tem os seus pratos típicos, tais como o risengrød, um arroz-doce com leite, açúcar e canela, com manteiga espalhada sobre tudo, para dar um toque dinamarquês. É conhecido como o prato que o Pai Natal e os duendes comem.
Existem também uns biscoitos chamados pebernødder, que consistem numa mistura de canela, nozes e pimenta, podendo ser encontrados durante a quadra natalícia em toda a parte, para crianças e adultos.
Dessa época, é também tradicional o Æbleskiver, com uma massa semelhante à das panquecas. Possui, no entanto, uma forma de bola e é consumido com geleia e açúcar. Existem referências a este doce desde o século XVI.

(feita por Guilherme e Tomás)






Um dos produtos dinamarqueses mais conhecido em todo o mundo é a cerveja Carlsberg.

Os seus fundadores, J C Jacobsen (1811/1887) e o seu filho Carl (1842/1914) além de terem criado um dos maiores grupos mundiais de produção de cerveja, deram um imenso contributo à arquitectura e cultura de Copenhaga inspirando e patrocinando a construção de monumentos e edifícios coma a Pequena Sereia, o Museu Dinamarquês de Arte e Design e o NY Carlsberg Glyptotek que alberga uma das maiores colecções de arte do norte europeu.

(feita por Guilherme)

NY Carlsberg Glyptotek



“Deixem a arte enobrecer a nossa cidade para que ela enobreça as nossas vidas” Carl Jacobsen